terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sacoleira, não! Profissional da moda

Cerca de 50 mil pessoas vão circular na 26ª edição do Ceará Summer Fashion, no Maraponga Mart Moda. A proposta este ano é destacar a renda como agregador de valor à moda. Mas quem ganha o holofote principal são as sacoleiras, ou melhor, as profissionais da moda. Elas compram dos atacadistas para revenderem pessoalmente. O evento que começou ontem, segue até sexta-feira, 19.


“O mercado Norte e Nordeste é muito atrativo para qualquer marca, qualquer fabricante de moda. É muito peculiar a forma de distribuição de produtos no Nordeste. O ‘porta a porta’ é o que prevalece”, afirma Alexandre Holanda, diretor de Marketing do Maraponga Mart Moda.


Holanda comenta que o “potencial humano” da Região é muito grande. “Transformaram a moda do Ceará em um grande negócios de sacoleira. A gente quer transformar esse grande negócios de sacoleira em um grande negócios de moda”, pontua.

A principal preocupação junto às profissionais da moda - a capacitação - já está sendo resolvida, garante o diretor. Ele explica que a informação é a principal ferramenta para uma boa venda.

“Por não ter a informação correta, você acaba revendendo mal. Ou vende muito caro ou muito barato. Isso vai influenciar nas vendas e você não vai saber qual parte do processo teve problema”, destaca.

Para fortalecer estas trabalhadoras, que em outros momentos não eram tão valorizadas, está desenvolvendo o tripé: bem-estar, valorização profissional e formação. Conforme o diretor do Maraponga, não é só dar informação para vender mais. É necessário desenvolver o talento que cada uma tem.

“Renda gera reda”

A customização está em voga. Com renda, mais ainda. A consultora de artesanato para moda, Ethel Whithurst, está há mais de quatro décadas no ramo e afirma sempre ter espaço para detalhes com o artesanato.

“Você olha as revistas, os desfiles, as vitrines, sempre tem um toque artesanal nos produtos. Nunca passei por crise”, afirma.
A dificuldade do setor é de mobilizar os artesãos para trabalhar em maior escala, a fim de atender o sedento mercado.

“As rendeiras não têm muito interesse de mercado. Não é fácil o trabalho. Falta sensibilidade do empresário com os artesãos. Hoje a gente está conseguindo mais isso”, ressalta Whithurst.


NÚMEROS

300

É A QUANTIDADE APROXIMADA DE LOJAS DO MARAPONGA MART MODA


20

DESFILES SERÃO REALIZADOS NOS CINCO DIAS DO CEARÁ SUMMER FASHION



2 MIL

É A QUANTIDADE DE FÁBRICAS FORMAIS DO SETOR TÊXTIL EM FORTALEZA

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