segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Saúde é coisa séria!


Li este post no site Bem leve , e por isto resolvi postar aqui, para voces.



Quem aí a-do-ra ir ao ginecologista?


Aposto que ninguém, não é?


No entanto, o acompanhamento de um médico especializado é de fundamental importância para a nossa saúde.Todas nós concordamos que fazer aquele monte de exames é muito chato e, às vezes, incômodo... Só que com saúde não se brinca e é por isso que os exames rotineiros são tão necessários.


Apesar de estarmos em pleno século 21, mais de 60% das mulheres não tem como hábito procurar o médico regularmente. Isso reforça as estatísticas sobre o câncer do colo de útero: essa já é a segunda maior causa de morte por câncer em mulheres. Já o câncer de mama é o que mais afeta a mulher no Brasil.


'Quando adiamos a visita ao médico o problema que poderia ser resolvido com pequenas intervenções torna-se um caso sério, que necessita de maiores recursos e tempo para ser sanado, quando tem condição de cura definitiva', orienta a ginecologista Franciele Minotto.

O diagnóstico precoce de várias doenças é a única alternativa para evitar o risco de morte. No caso no câncer de mama, a sobrevida e a não mutilação dependem da realização da mamografia de rotina, de preferência anualmente a partir dos 40 anos, como recomendam a American Cancer Society e a Sociedade Brasileira de Mastologia.
A mulher deve estar atenta à sua saúde íntima desde cedo. O ideal é que a primeira visita ao ginecologista aconteça antes mesmo do primeiro episódio da menstruação, quando a menina está caminhando para a puberdade. 'A saúde ginecológica dá qualidade de vida', alerta o ginecologista Carlos José Benatti. E os encontros com o especialista devem virar um hábito que possibilitarão avaliar o estado do aparelho genital feminino, constatar a sua normalidade ou descobrir a existência de patologias.
A partir do momento que a mulher tem a primeira relação sexual, a ida ao consultório ginecológico deve ser tão sagrada quanto à ida ao salão de beleza. Alguns exames também devem passar a ser rotineiros. 'A mulher deve fazer exames anuais e sempre que tiver sintomas para não atrasar o diagnóstico. Assim, caso precise de algum tratamento, o mesmo pode se tornar mais fácil, rápido e efetivo', constata Benatti.
Na época da menopausa, as mulheres devem dedicar atenção especial ao acompanhamento ginecológico, conforme esclarece Franciele Minotto. 'É nesse período que os cânceres mais frequentes em mulheres tornam-se aparentes, sem falar do colesterol que se eleva e o risco cardíaco, que também começa ser um problema'.
Conheça os exames
Agora que você já entendeu que saúde ginecológica é pra lá de fundamental, fique por dentro de alguns exames que, certamente, o seu médico irá solicitar anualmente.
Colpocitologia Oncótica
É conhecida como Papanicolau ou Preventivo. Esse exame é muito importante para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de colo uterino. Ele identifica as células alteradas pelo HPV, ou vírus do papiloma humano, que podem se transformar em lesões e, consequentemente, em câncer.
O procedimento é realizado no próprio consultório, com auxílio de um instrumento chamado espéculo, popularmente chamado de bico de pato. 'Assim, pode ser feita a coleta tríplice do material: na vagina, no colo do útero e no canal endocervical' explica a médica Franciele Minotto.
Mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual também não devem descuidar da saúde. 'Se a mulher passou dos 18 anos e ainda não teve relação sexual deve coletar o Papanicolau também. Nesses casos usamos espéculo vaginal para virgem ou colhemos sem espéculo, apenas com a escovinha fazendo um esfregaço da mucosa vaginal', diz a doutora.
O exame é tão fundamental que é colhido, inclusive, se a mulher estiver grávida. 'Usamos, nesse período, apenas a espátula de Ayre (espátula de madeira), pois a escovinha que colhe a amostra endocervical pode causar sangramento o que assustaria a gestante', esclarece a especialista.
Colposcopia
É a observação visual da vulva, da vagina e do colo do útero com o colposcópio, aparelho que ilumina a região e amplia de dez a 40 vezes a imagem. Esse é mais um exame feito em consultório, mas de extrema importância. Sua função é detectar as lesões que correspondem às alterações porventura encontradas no Papanicolau e biopsiá-las.
Exame pélvico
Na consulta regular, o médico também observa visualmente o colo do útero, com toque e palpação dos órgãos reprodutores. Através dele é capaz de identificar possíveis anormalidades, que serão descartadas ou confirmadas através de exames complementares.
Mamografia
A mamografia deve ser incluída na lista de exames quando a mulher completar 35 anos de idade, ou até mesmo antes disso, caso o médico ache necessário. Seu objetivo é estudar a estrutura da mama, já que possibilita visualizar, inclusive, pequenas lesões mesmo quando essas ainda não são palpáveis. A mamografia é fundamental, pois é o melhor exame capaz de detectar o câncer de mama precocemente, possibilitando a cura em até 95% dos casos. Além disso, agora todas as mulheres brasileiras com 40 anos ou mais têm o direito de fazer esse exame, anualmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor desde 29 de abril de 2009, que visa salvar vidas e diminuir a mortalidade desse que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres, e que nos últimos anos vêm afetando um número cada vez maior delas, e cada vez mais cedo.
Ultrassonografias
A ultrassonografia das mamas deve ser realizada apenas em casos de sintomas mamários e após os 40 anos como complementar à mamografia.
Em caso de queixas sobre cólicas fortes, menstruação irregular ou alterações no Papanicolau, o médico poderá solicitar uma ultrassonografia transvaginal. Esse exame é feito através de um tubo introduzido na vagina, envolto em preservativo e lubrificante. Através dele, é possível visualizar a região pélvica, útero, trompas, o endométrio e os ovários.
Exames complementares
Outros exames podem ser pedidos pelo médico, de acordo com a sintomatologia e a história familiar da mulher. Normalmente exames de sangue são aliados para chegar a um diagnóstico ou descartar algum tipo de doença. Por isso, um check-up vai além dos exames ginecológicos. O ideal seria consultar também um clínico geral ou cardiologista para exames complementares como hemograma, glicemia, colesterol, triglicérides, ácido úrico, urina e outros que o médico julgue importante.
Mulheres com mais de 50 anos também devem se preocupar com a osteoporose. A perda de massa óssea pode ser detectada através de uma desintometria óssea. O exame deve ser repetido anualmente, por aquelas pacientes que chegarem ao diagnóstico de descalcificação e bianualmente por aquelas com o quadro normal.
Aquelas que optaram pela reposição hormonal devem agendar uma visita ao ginecologista de seis em seis meses para garantir o acompanhamento ideal ao tratamento proposto.
Outros cuidados
Além dos exames, alguns cuidados devem ser tomados pelas mulheres para evitar doenças. Aí entra o famoso discurso pelo uso do preservativo. 'A prática previne o câncer de colo e a infecção pelo HPV', observa a médica, que completa: 'Também é necessário procurar um médico antes de tomar anticoncepcionais. Eles podem alterar toda a dinâmica hormonal e causar muitos problemas'.
O Dr. Benatti vai um pouco além e sugere, ainda, que as mulheres evitem calcinhas de fios sintéticos e uso de tampões vaginais com frequência. Esses procedimentos podem ajudar a evitar inflamações e infecções na área em questão.

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